Véspera de São João, na aldeia - POETRIX

Véspera de São João, na aldeia.
Folguedo ao Santo, apraz desejo...
Escuridão! O vício permeia.

José Ramos

Agosto 2013

A vida para viver

A vida para viver deixou de ter sentido!
Espectro da alma é mórbido negrume...
O coração estilhaçado, muito repartido.
Venha a morte, não lhe sinto azedume.


José Ramos

Agosto 2013 

 

Dia a Dia

Se o Espírito Divino estiver presente!

Vivendo junto d' Ele, este e aquele dia...

Obteremos fecunda e boa semente.

Quando brotar nos dará grande alegria.

José Ramos

Agosto 2013

Pirilampos

Peregrinava em noite escura pelos campos!

Pequenas luzinhas iluminavam o caminho...

Eram o brilhante clarão das Pirilampos.

Senti-me feliz não andava sozinho.

José Ramos

Agosto 2013

Histórias

Já não oiço, o que ouvia outrora!

Longas e já recontadas histórias...

Ecos que me seguiram vida fora.

Tirados das arcas das memórias.

José Ramos

Agosto 2013

Os galispos cantam madrugadores - POETRIX

Os galispos cantam madrugadores!

Alegres respondem ao desafio...

D' alforges, chapeirão, trabalhadores.

José Ramos

Agosto 2013

Enxerga de Palha

Lua prenhe, belos filhos trazes à luz da aurora,
Sol brilhante astro rei, que a seduziu e namora...
Terra que conheces a mão no arado e a colheita.
Enxerga de palha fresca, para o amor foste feita.

José Ramos

Agosto 2013

A Vereda da Vida

Tenta transpor o cume daquela montanha.
Avança! Qual o caminho? Não há caminho...
A vereda da vida é desconhecida, estranha.
Pra teres alento na escalada, requer carinho.
 

José Ramos

Agosto 2013 

Provas

Sobre mim pende a angústia da paixão ferida!
Tortura mórbida que o meu Ser tento afastar...
Meu rosto crispado no espelho, vejo a vida.
Provas já ultrapassadas, outras pra ultrapassar.

José Ramos

Agosto 2013

Homem Maduro

Guardei fundo na memória do esquecimento,

teu jovem corpo nu repousando sobre o meu!

Agora dias há, que a recordação dele é lamento...

Para um homem maduro e solitário que sou eu.

José Ramos

Agosto 2013

Êxtase

Paleta do arco-íris, pincéis de obsessão!
Planície sem fim, em dourada moldura...
Sementeira prenhe de laivos de loucura.
Êxtase! Dom d' uma Divina Criação.


José Ramos
 
Agosto 2013

Solitário

Sou Solitário onde repousa uma Margarida.

Da água no meu âmago, retira o sustento...

Se me encontro vazio murcha, é flor ferida.

O meu afago molhado é o seu alento.

José Ramos

Agosto 2013